Serviço será gratuito e visa facilitar o acesso a recursos educacionais, além de disseminar conhecimento
REDAÇÃO Pequenas empresas, grandes negócios 18 JUN 2020 - 06H05 ATUALIZADO EM 18 JUN 2020 - 06H05
Com escolas e bibliotecas públicas fechadas devido à pandemia do novo coronavírus, uma bibliotecária encontrou uma solução para fazer com que as crianças continuem lendo — e de forma gratuita. Utilizando um drone, as entregas estão sendo feitas diretamente na porta dos destinatários, conforme diz o portal The GoodNewsNetwork.
Kelly Passek é bibliotecária do ensino médio, no distrito escolar de Montgomery County, no estado de Virgínia, Estados Unidos, e é uma das primeiras a adotar o serviço de entregas de artigos domésticos por meio de drones em sua cidade. O aparelho é um projeto piloto de uma empresa derivada do Google, a Wing, e já faz entregas de refeições e artigos de casa há algum tempo.
Vendo que a tecnologia poderia ser usadas em benefício das crianças, ela não teve dúvidas em propor a prática. "Acho que as crianças ficarão emocionadas ao saber que serão as primeiras do mundo a receber um livro da biblioteca por drone", disse Kelly em entrevista ao jornal Washington Post.
O diferencial da Wing é que ela foi a primeira empresa de entregas por drone a receber o certificado de operadora aérea da Federal Aviation Administration, órgão responsável pela regulamentação e todos os demais aspectos da aviação civil nos Estados Unidos. Isso permite que atue como uma companhia aérea do país. A empresa opera na Virgínia desde 2019, fazendo entregas de pacotes de até 1,3 kg, e está presente em Helsinque, na Finlândia, e em mais duas cidades australianas.
Entregas comerciais desse tipo já estão no radar da Amazon há alguns anos — desde que o CEO Jeff Bezos fez a demonstração com um protótipo em 2013, durante uma entrevista. De lá para cá, alguns projetos de drones foram lançados ao redor do mundo. Em 2016, a rede de restaurantes Domino’s começou a usar drones fazer o delivey de pizzas em uma cidade da Nova Zelândia.
O projeto social pode continuar em prática no pós-pandemia: será útil para aqueles que moram longe de uma biblioteca pública e uma comodidade para os que moram perto.
Keith Heyede é chefe de operaçãos da Wing no estado da Virgínia e sente na pele a afinidade com a operação, pois sua mãe também é bibliotecária. No início, os serviços estão sendo disponibilizados de forma imediata a cerca de 600 alunos.
Nos Estados Unidos, as aulas presenciais têm previsão de volta no final de setembro. Até lá, Kelly espera que a novidade desperte a empolgação das crianças pela leitura. "Espero que consigamos atender nossos alunos que já são leitores e também aqueles que pensam que será realmente excelente receber livros entregues por drone", disse ela.
Comentários
Postar um comentário